Jacarepaguá pouco a pouco vai ampliando sua oferta de fomento a cultura cinematográfica e exibição. Em nosso bairro encontramos o cinema do Center Shopping e Espaços de Cultura que vem ampliando seus projetos para esta área.
Atualmente são reconhecidos quatro pontos, Center Shopping, Lona Cultural Jacob do Bandolim, Teatro Escola Sesc e Teatro Sesi. Os que estão por vir são Cine Sesc (ainda sem maiores informações, além de localização: RioShopping) e dois Espaços contemplados pelo edital do Cine Mais Cultura.
O Center Shopping é o que chamaríamos de ponto de exibição comercial, faz parte da rede Art Films e conta com 4 salas. Sua programação é formada por filmes em cartaz em diferentes salas de cinema do Rio de Janeiro e depende de bilheteria. Seu principal fim é entretenimento, público e o lucro.
O Teatro no Sesi promove um formato de exibição de Curtas gratuitos. Seu trabalho engloba produções do bairro, entre outros, com a curadoria do Curta o Curta. É um modelo que pretende a formação de público para curtas nacionais, sempre em um mesmo dia da semana, horário e procurando contemplar diferentes públicos.
A Lona Cultural e o Teatro Escola Sesc trabalham com o formato Cineclubista. Exibem filmes sobre diversos temas, gratuitos, de caráter reflexivo e muitos aliados a debates.
Para quem não sabe, é importante desmembrar essa denominação “Cineclube”, porque esses espaços tem um formato próprio que nem sempre é atendido em sua totalidade.
Cineclubes surgiram em resposta a necessidades que o cinema comercial não atendia, assumiram diferentes práticas, mas uma forma de organização institucional única.
Para começar, e como diz o dicionário, cineclubes são associações.
Três características, quando juntas, são exclusivas dos cineclubes, os distinguem de qualquer outra atividade com cinema e, ao mesmo tempo, abrangem uma ampla gama de formas e ações, que os cineclubes desenvolveram nos mais diferentes contextos. Duas delas são muito simples e claras, só se encontram, juntas, num cineclube, e não existe cineclube onde essas características não estiverem presentes. A terceira, menos objetiva, deriva das duas primeiras e pode variar bastante de entidade para entidade, conforme a orientação predominante, mas é o que imprime direção à base organizacional definida pelas outras duas "regras" e o que dá conteúdo e objetivo, atualidade e personalidade ao trabalho do cineclube. São elas:
1. O cineclube não tem fins lucrativos;
2. O cineclube tem uma estrutura democrática;
3. O cineclube tem um compromisso cultural ou ético.
A partir destes três conceitos percebemos a dificuldade de encontrar um cineclube verdadeiramente constituído. Os responsáveis por sua orientação tem de ser eleitos e trocados periodicamente, para garantir a democracia. Não ter fins lucrativos significa que, ainda que produza lucro deve ser investido na própria atividade, pois as exibições não são comerciais e em sua maioria gratuitas. E a terceira lei diz respeito a mobilização de seus associados para os fins culturais, éticos, estéticos, políticos e religiosos.
Os cineclubes se constituem junto a comunidade e são produzidos em conjunto, com interferências, opiniões, fomentando a cultura, modificando consciências, trazendo a crítica, muito além da simples contemplação.
Os últimos dois projetos mencionados ocorrerão nos Espaços Culturais, Camarim das Artes e no Capoeira Cidadã, ambos consequência do edital Cine Mais Cultura da Secretaria de Estado e Cultura do Rio de Janeiro.
Norteado por demandas apresentadas em diálogos com a sociedade civil, o Ministério da Cultura, sob orientação do Programa Mais Cultura, promove a ação Cine Mais Cultura. Através de editais e parcerias diretas, a iniciativa disponibiliza equipamento audiovisual de projeção digital, obras brasileiras do catálogo da Programadora Brasil e oficina de capacitação cineclubista, atendendo prioritariamente periferias de grandes centros urbanos e municípios, de acordo com os indicadores utilizados pelo Programa Territórios da Cidadania.
Nesse sentido a iniciativa pretende capacitar responsáveis para lidar com a prática cineclubista como deve ser, dialogando com a região ao entorno, promovendo a participação, o conhecimento, gosto e a crítica.
Portanto você mora em Jacarepaguá e gosta de dialogar com estas linguagens? conheça esses espaços, projetos e interfira!
Fontes e mais informações:
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