A
entrevistada da semana é a bailarina Liana Vasconcelos, moradora da Praça Seca, 22 anos, formada pela
Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (Theatro Municipal do Rio de Janeiro), pela Royal Academy of Dance
(Londres) e pelo Conservatório de Dança de Viena, na Áustria.
Liana começou
sua carreira dançando Ballet na Corpus Escola de Dança, na Praça Seca, onde
teve a oportunidade de dar início aos seus estudos.
“Eu
morava próximo à Corpus Escola de Dança e sempre via as meninas na sala de aula
de tutu rosa. Com três anos pedi a minha mãe para fazer ballet. Lá, também
estudei Sapateado, Ballet Moderno e Ballet Contemporâneo. Depois me formei pela
Escola de Dança Maria Olenewa, da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Essa é a escola de dança mais antiga e mais importante do país e que nos
confere um diploma profissionalizante do MEC. Participei também de diversos
concursos nacionais e internacionais (Cuba e Canadá), e por ter ganho o prêmio
de melhor bailarina no Seminário Internacional de Dança de Brasilia 2009, fui
agraciada com uma bolsa de estudos para o Conservatório de Viena, onde
aprofundei meus conhecimentos. Como profissional, já fui bailarina da Cia.
Jovem de Ballet do Rio de Janeiro, da São Paulo Cia. de Dança e também
participei (e ainda participo) como convidada em diversos festivais no país”.
Estudante
do curso de graduação em Produção Cultural pela Universidade Federal
Fluminense, Liana diz que é muito difícil conciliar as aulas na faculdade com
as viagens, mas as atividades não deixam de ser prazerosas, mesmo com toda agitação.
Bailarina clássica, ela demonstra ser uma artista bastante versátil:
“Hoje em
dia ser bailarino é estar apto a dançar qualquer modalidade, do clássico ao
contemporâneo, do moderno ao neoclássico. As companhias de dança trabalham com
todos os tipos de repertório. Graças à formação bem diversificada que tive, consigo
transitar por todos eles”.
Liana
conta que a dança é uma parte muito importante da sua vida e que proporcionou
excelentes experiências, inclusive em outras áreas artísticas:
“Eu
também escrevo artigos e reportagens sobre dança para revistas e jornais do
meio artístico. O que é uma experiência interessante, pois me leva a me
comunicar apenas através de palavras, o que normalmente só faço através de
movimentos quando estou no palco”.
Como
artista, ela se inspira em bailarinos que não se preocupam apenas com a técnica,
mas também com a expressão, com os sentimentos e com o contato com o público.
“Como
exemplo, cito a Ana Botafogo, com a qual já tive o prazer de trabalhar, por ser
uma artista incrível e que conseguiu levar a dança a todos os tipos de público
do Brasil”.
Liana
acredita que o movimento de festivais, concursos e espetáculos de dança em
Jacarepaguá poderia ser maior, já que existem tantas escolas de dança no
bairro, pois seria uma forma de incentivo à profissionalização dos alunos
locais.
Como
contribuição aos que pretendem seguir essa carreira, ela sugere:
“É uma
carreira que exige muitos sacrifícios e uma persistência e disciplina enormes.
Mas tudo isso é compensado com o aplauso e calor do público ao final de um
espetáculo. Portanto, se você ama dançar, vá em frente e não desista. Viva
dançando e lembre-se sempre que todo artista precisa ser culto e bem informado
sobre sua sociedade. Cultura é essencial!”
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