Com a
colaboração da estudante de jornalismo Júlia Ourique Medici, o Jacarepaguá Cultural
traz aos nossos leitores mais informações sobre o Autódromo Internacional Nelson Piquet,
conhecido como Autódromo de Jacarepaguá, que apesar de demolido ainda faz
parte da história automobilística mundial. Como patrimônio do Rio ele abrigou
diversos grandes momentos como o começo da carreira de Ayrton Senna, o auge da
carreira de Nelson Piquet, além de momentos revolucionários como o Festival do
Álcool, que aconteceu em plena ditadura militar, quando esta proibiu o esporte
a motor no Brasil devido à crise mundial do Petróleo.
Motor e
revolução
A
primeira proibição do esporte aconteceu em 74, porém foi revogada durante o
governo Geisel. Em 1979, Figueiredo quis seguir a mesma atitude e os
profissionais do automobilismo surpreenderam a todos: transformaram, em apenas
seis meses, todos os motores que tinham como combustível a gasolina para que
funcionassem com o álcool. Várias empresas deram o seu apoio e reformularam
todo o setor de autopeças: Chevrolet, Fiat, Ford e Volkswagen – que na época
estavam instaladas no Brasil. Hoje, esta iniciativa é conhecida como uma das
pioneiras no uso de combustíveis renováveis.
“A
história do automobilismo nacional é a mesma história do autódromo de
Jacarepaguá. Naquela pista, naquele asfalto os melhores pilotos do país e do
mundo correram. Foi ali que me apaixonei pelos carros e foi ali também que o
povo brasileiro demonstrou a sua garra quando as corridas foram proibidas” –
analisa Danilo Vasconcelos, apaixonado por carros e sócio da Dinamicar Pneus.
Uma
nova fase no automobilismo brasileiro
Os
cariocas fãs da velocidade perderam o único autódromo da cidade quando, em
2008, foi anunciada oficialmente a demolição do autódromo. Em 2012 foi
realizada a última corrida no espaço que já foi palco de muitas vitórias. O
novo autódromo da cidade, em Deodoro, será construído de acordo com os padrões
da FIA. Segundo o Ministério do Esporte, o novo espaço estará pronto em 2014.
O
autódromo que já sediou corridas da Fórmula 1, Indy e MotoGP se extinguiu, mas
o local continuará sendo palco de grandes conquistas para o esporte brasileiro.
No lugar, será construído o Parque
Olímpico, à beira da Lagoa de Jacarepaguá. A construção do mesmo começou
logo após a demolição do antigo autódromo e comportará os seguintes locais:
· Centro Olímpico de Hóquei: Hóquei
sobre a grama;
· Velódromo Olímpico do Rio: Ciclismo de
pista;
· Centro Olímpico de Treinamento:
basquetebol, handebol, judô, lutas e taekwondo;
· Parque Aquático Maria Lenk: saltos
ornamentais e polo aquático;
· HSBC Arena: Ginástica artística, de trampolim
e rítmica;
· Estádio Olímpico de Desportos
Aquáticos: natação e nado sincronizado.
Para
mais informações, acesse: http://www.cidadeolimpica.com.br/projetos/parque-olimpico/
Texto por: Júlia Ourique Medici
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