terça-feira, 12 de junho de 2012

Jacarepaguá é Arte, com o ator Pedro Nercessian


    Hoje o Jacarepaguá é Arte apresenta o ator Pedro Nercessian, do Itanhangá.

  Longa-metragem "Léo e Bia"

   Pedro começou sua carreira aos 12 anos em apresentações amadoras e aos 16 já atuava como profissional. Formado pela Escola de Teatro Martins Penna (a mais antiga escola de teatro da América Latina), o ator também fez curso de roteiro para cinema na PUC e Balé, além de ter estudado na Escola Nacional de Circo, onde aprendeu a andar de perna-de-pau e a “cuspir” fogo. Ele conta que foi necessário muito esforço e perseverança para seguir em frente na carreira artística.

     Fazia tudo que me chamavam. Fiz até peça de teatro no Rio Shopping. E feliz! Depois fui fazer peças com produção maior. Até que hoje praticamente sou chamado somente para peças com patrocínio aonde ganho um salário. Mas acho importante passar pela parte dura. Já comi muito pão com ovo, mas eu gostava. Tudo é festa quando a gente é novo (SIC)  e está fazendo o que gosta.

     Sempre ligado às artes performáticas, Pedro gosta de trabalhar em seus próprios projetos, mas acha importante ser flexível com as propostas recebidas, especialmente porque ajuda a abrir portas e a alavancar os seus projetos autorais. A escolha pelas artes cênicas se deu com o tempo e a vivência no meio.

     Gostava de estar no palco, viver outras vidas. E o teatro é a possibilidade que se apresenta  para quase todo mundo. Só depende de duas coisas: ator e plateia (...) a gente fazia (SIC) teatro em Jacarepaguá com móveis e roupas de brechó e ficava lindo. A alma simples e mambembe do teatro sempre me encantou.

Peça "Alguém Acaba de Morrer Lá Fora"

    O ator, que foi criado na Freguesia, conta que tem orgulho em ser reconhecido nas ruas em Jacarepaguá, especialmente porque sempre encontra pessoas conhecidas, e que atualmente a cena cultural do bairro está bem melhor do que no começo de sua carreira, mas ainda precisa progredir mais.

     O carinho é diferente. Na rua sempre encontro um amigo da escola, ou a moça que trabalhava na cantina, ou até mesmo alguém que morava na minha rua. E vejo que as pessoas acompanham cada trabalho (principalmente os da TV) com orgulho. Como se eu fosse cria do bairro. E sou! Ser um garoto de Jacarepaguá é muito marcante na minha personalidade. Poderia falar horas sobre isso. Sentia muita falta de cultura no nosso bairro. Eu penei. Tinha que pegar uma hora e meia de ônibus para ver uma peça bacana e tive que estudar no Centro. Hoje, além do Retiro dos Artistas, Camarim das Artes e Bunker do Ator, temos o SESI e a Escola Nova de Teatro. Já é uma cena bem melhor, mas ainda vejo muito artista bom que mora aqui trabalhando somente na Zona Sul por falta de oportunidade na região.

      Atualmente Pedro Nercessian tem uma produtora de teatro e eventos chamada SAGAZ Produções, que ele criou para gerir seus próprios projetos. Além de trabalhar como ator em espetáculos teatrais, novelas e filmes, Pedro também é um dos produtores da Festa Chá da Alice, que acontece mensalmente em diversos lugares do Rio de Janeiro.

      Ele está em cartaz no Teatro SESI Graça Aranha, no Centro, de quinta a sábado, às 19h30, com a peça “Alguém acaba de morrer lá fora”. Também estará no episódio “Mary do Brasil”, do seriado “As Brasileiras”, com Fernanda Montenegro. A próxima edição da Festa Chá da Alice será no Morro da Urca, no dia 6 de julho.

      E para quem tiver interesse em conhecer outros trabalhos do ator, tem o episódio “A Noiva do Catete”, do seriado “As Cariocas”, que pode ser visto na internet e pelos DVDs comercializados na GloboMarcas.com, e o filme “Léo e Bia”, premiado no festival Cine PE.

Seriado "As Cariocas"

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