Rio de
Janeiro – O ministro-interino da Cultura, Vitor Ortiz, abriu hoje (19) pela
manhã, no Galpão da Cidadania, o Seminário Internacional sobre Cultura e
Sustentabilidade, realizado em parceira com a Cidade e Governos Locais Unidos –
CGLU (em inglês UCLG). O objetivo foi discutir a importância da Cultura para o
desenvolvimento sustentável a partir de uma visão que contemple a economia
criativa, as diversidades étnicas, sociais e religiosas, as particularidades
locais e o direito de expressão cultural.
Também
participaram da mesa de abertura o presidente da CGLU e prefeito da cidade de
Istambul(Turquia), Kadir Topbas; o subdiretor geral de planificação da Unesco,
Hans d’Orville; e o secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Emilio
Kalil.
Para a
ONU (Organização das Nações Unidas), o desenvolvimento sustentável reúne três
eixos principais: o Social, o Econômico e o Ambiental. Especialistas,
dirigentes de organismos internacionais, gestores culturais e artistas querem a
inclusão de um quarto eixo, o Cultural, partindo da compreensão de que essa
nova economia só será possível com uma mudança na forma como as pessoas
entendem a sua relação com o planeta.
“Além
dos pilares existentes, a cultura também é essencial para a sustentabilidade,
mas ainda não conseguimos o consenso suficiente para tê-la no mesmo padrão que
estão os outros pilares”, disse Ortiz, citando a carta de São Paulo, documento
firmado no ano passado entre os países membros do Mercosul, a Bolívia e o
Chile, que aponta nessa direção.
O
presidente da CGLU disse que não há como entender cultura e sustentabilidade de
forma dissociada. “Desenvolvimento sustentável e cultura são elementos
absolutamente interconectados”, citando o exemplo de Istambul como cidade em
que o elemento cultural é decisivo para a formulação de qualquer política. “É
uma cidade 8 mil e 500 anos de história, precisamos ver as cidades como espaços
culturais”.
Hans
d’Orville enfatizou que “a Unesco defende uma abordagem integrada dos aspectos
culturais. Devemos progredir, colocando a cultura no centro do paradigma”.
O
debate prosseguiu com novas formações, que incluíram o ministro da Cultura do
Paraguai, Tício Escobar; o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida e o
presidente da Associação Sueca de Autoridades Locais, Anders Knape, além de
especialistas internacionais.
Na
plateia também estavam os secretários de Políticas Culturais do MinC, Sergio
Mamberti, e de Articulação Institucional, Roberto Peixe, e o presidente da
Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim. A discussão prosseguiu à tarde com
novos debatedores.
O
que é a CGLU
A
Cidade e Governos Locais Unidos – CGLU (UCLG, a sigla em inglês) é uma
organização que reúne governos locais autônomos e democráticos. Forma uma rede
mundial com a finalidade de representar os interesses das cidades por meio da
cooperação entre as administrações locais e a comunidade internacional,
aumentado a influência dos governos locais nas decisões em nível mundial.
As
cidades que integram a rede assumem o compromisso de lutar contra o aquecimento
climático e priorizar a proteção do meio ambiente; promover os direitos humanos
e atuar em favor do respeito à diversidade como fundamento para a paz e o
desenvolvimento; e apoiar a aplicação das Metas de Desenvolvimento do Milênio e
da democracia local.
Fundada
em 2004, com sede em Barcelona (Espanha), está presente em mais de mil cidades
e 140 países de todas as regiões do mundo, com Seções Regionais na África,
Ásia-Pacífico, Oriente Médio, América do Norte e América Latina. Você pode
obter mais informações no site da
organização.
O
que é Economia de Baixo Carbono
A
economia sustentável, ou economia de baixo carbono, é uma economia em que se
procura minimizar as emissões de gases com efeito estufa (o carbono) de forma a
reduzir as consequências das alterações climáticas, compatibilizando
crescimento econômico com preservação ambiental.
Fonte:
(Texto:
Ascom/MinC)
(Fotos: Caru Ribeiro)
(Fotos: Caru Ribeiro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário