A Secretária de Cultura e Diversidade Cultural Marta Porto
pediu demissão do cargo na semana passada, devido a divergências com a ministra
Ana de Hollanda. A ex-secretária alegou em um texto publicado em sua página no
Facebook que “Só tem sentido estar a frente de um cargo público se há espaço e
confiança para desenvolvermos um projeto de verdade, com as redes da cultura,
mas também dos direitos humanos, da infância, da juventude, daquelas que
ampliam nosso processo democrático”, expondo publicamente as razões da sua
saída, que repercutiu significativamente, com algumas manifestações a respeito
também no Twitter.
Ela denunciou que sua equipe vinha trabalhando “14, 15 horas
por dia nesses últimos meses” para elaborar seus projetos, nos quais “o acesso
à cultura, as trocas culturais, a conquista das causas que marcam o nosso
tempo, como meio ambiente e direitos humanos” se apresentariam como referência
do governo, e procurariam atender “ao chamado da presidente Dilma Roussef, de
‘contribuir para a alma da democracia brasileira’”.
Marta e Ana já
estão em conflito há um tempo, com a incidência, inclusive, de uma articulação
organizada pelo presidente da Funarte Antonio Grassi para a ex-secretária
substituísse a ministra no cargo. Com sua saída da secretaria, o grupo de
petistas perde um espaço significativo no ministério, o que vai influenciar
diretamente nos rumos da tomada de decisões em torno das políticas públicas
para cultura daqui pra frente.
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